O savoir-faire francês

Depois de visitar diversos locais, como museus, fábricas, workshops e lojas, fico cada vez mais encantada com o mercado de tecidos aqui na França. Cada dia é uma nova técnica que nos ensinam (não na prática, é claro) ou uma história nova sobre estamparia, métodos de tecer os fios, como identificar a qualidade de um tecido e o material com o que ele foi feito. É tanta coisa diferente e bacana que me pegou de jeito.

Desde o início das aulas, na semana passada, já visitamos quatro museus e posso afirmar que todas as exposições que vimos foram importantes e interessantes. Um exemplo é o Museu Internacional de Calçados em Romans, que não somente conta a história do sapato na Europa, como também as diferentes eras do calçado na África, na Oceania e na Ásia. Mostra a evolução dessa coisa que a gente usa pra cobrir os pés em diferentes partes do mundo e em diferentes épocas. Foi incrível!

Também visitamos uma coleção de vestidos do Paul Poiret em Avignon. A coleção é particular e pertenceu a uma senhora que morava em Paris no início do século 20 e era cliente do costureiro. Ela e o marido mudaram para uma cidade no sul da França e lá ela não se sentia à vontade para usar os vestidos de alta costura e os guardou. Nos anos 50 ou 60, a neta dessa senhora achou os vestidos guardados em malas na casa de campo da família. Imagina só! Infelizmente não era possível tirar fotos dentro da casa, só no jardim (que não era pouca coisa).

 

Ainda dentro do mercado de tecidos, hoje visitamos um museu de estamparia em seda e também uma fábrica que produz lenços. Eu fiz alguns vídeos que em breve estarão aqui no blog. Assim fica mais fácil de entender como são estampados os foulards franceses. A empresa, que se chama MIG, venceu um concurso em 2007 com o lenço da foto abaixo, feito em poliéster e veludo de seda estampado.

C’est magnifique!

3 comentários sobre “O savoir-faire francês

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